sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Liderança perigosa

O 12º Relatório de Ameaças à Segurança na Internet, divulgado pela Symantec, nesta quarta-feira, 19/09, aponta que o Brasil lidera o ranking de PCs infectados por "bots" na América Latina.
O estudo apurou que o Brasil contabiliza 39% do total de infecções registradas entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2007. Esse percentual é mais que o dobro da Argentina, que ocupa a segunda posição, com 12% das infecções.
O estudo levanta ainda que o ataque on-line mais praticado na América Latina foi o que usa nomes inválidos de domínio, conhecido como SMTP. Este tipo de ataque representou 39% de todas as ameaças no primeiro semestre. Na segunda posição, aparecem os ataques de negação de serviço, usados por 26% dos IPs maliciosos flagrados.
Um outro ponto colocado pelo estudo da Symantec é que os ataques estão cada vez mais regionalizados e adequados ao comportamento do consumidor de cada País. Também há uma maior convergência dos ataques, uma vez que as quadrilhas ampliaram o grau de profissionalização e de comercialização de atividades maliciosas.
O levantamento também revela que os ataques acontecem em múltiplos estágios, com o intuito de dificultar as ações de combate por parte do alvo da ação, seja ele uma pessoa física ou corporativa. Com relação aos ataques deferidos para a América Latina, o estudo da Symantec aponta os Estados Unidos como o maior responsável, com 55% das ameaças.
A China desponta na segunda posição e é responsável por 25% e aparece, de acordo ainda com a companhia, como um grande perigo, uma vez que a China é emergente e há uma grande demanda por computadores naquele País.

Brasil subestima o impacto dos crimes eletrônicos

Os crimes eletrônicos não podem mais serem subestimados no Brasil. Este ano, mais de 15 mil ações ligadas aos crimes eletrônicos foram julgadas nos tribunais nacionais, estatística que coloca o Brasil à frente de muitos países do chamado primeiro mundo. A maior parte é voltada para crimes contra a honra ( injúria em comunidades de relacionamento) - 60%.
Ações financeiras - clonagem de cartões e Internet Banking - respondem por 20%. Os demais 20% são de ações de danos em comércio eletrônico - fraudes e falta de cumprimento de prazo de entrega, concorrência desleal entre empresas, entre outras reclamações. Especialistas cobram a aprovação da Lei especifica - à espera de votação no Senado Federal, parado em função do caso Renan Calheiros - para agilizar as investigações. Até lá, o Brasil não pode aderir à convenção contra cibercrimes, estabelecida em 2001, na Europa, e que já conta com a adesão de vários países.
"O momento é extremamente delicado com relação aos crimes eletrônicos. O número de computadores e de pessoas usando o meio eletrônico, especialmente a Internet, não pára de crescer. E há restrições que precisam ser revogadas para que as autoridades possam atuar de forma mais ágil e efetiva", alerta o delegado da 4ª delegacia de crimes organizados praticados por meios eletrônicos de São Paulo, José Mariano de Araújo Filho.
Em São Paulo, informou o delegado, que participou nesta quarta-feira, 19/09, de um evento realizado pela Symantec para a divulgação da 12ª Edição do Relatório de Ameaças à Segurança na Internet, com a revelação de dados da América Latina, a delegacia - a única especializada em crimes eletrônicos da cidade - trabalha com uma média de 1000 inquéritos.
"Há ainda, sim, um certo temor das pessoas de irem à delegacia para denunciar crimes eletrônicos, mas já há um grande movimento, principalmente com relação ao crime contra a honra. A questão é que como não há uma Lei Específica, muitas vezes, é mais fácil entrar com uma ação cívil, do que seguir os trâmites nossos. Isso porque há questões que precisamos interpelar provedores e operadoras. Esse processo pode levar mais de 15 dias", observa Mariano Filho.
"E o que a pessoa quer, de fato, é que, imediatamente àquela ação criminosa saia do ar. Para isso, dependemos dos provedores e das operadoras e de uma Lei para isso", completa o delegado. Outro ponto preocupante é que sem uma legislação - provedores e operadoras têm 30 dias para guardar seus dados - e muitas vezes, esse curto prazo de armazenamento das informações inviabiliza uma investigação, uma vez que nem sempre as medidas judiciais à tempo de cumprir o prazo de 30 dias, estipulado no momento.
"Precisamos aprovar a Lei Específica o quanto antes. Ela é um instrumento para trabalharmos com mais tranquilidade. Todos têm de guardar dados. Vamos poder ser mais pró-ativos", destacou o delegado do DEIC. Mariano Filho, no entanto, entrou num ponto polêmico quando questionado com relação aos crimes de desvio de recursos através de Internet Banking. Para o delegado, o correntista tem,sim, a sua parcela de responsabilidade no processo.
"Os crimes via Internet acontecem com a quebra da segurança, em função da divulgação da senha. E isso acontece pelo correntista. Os bancos têm a sua parcela de responsabilidade, mas é preciso provar se houve o dolo ou não. Infelizmente, nas investigações que conduzimos, há clientes que são vítimas e não são ressarcidas, mas há clientes, que são os responsáveis pela fraude e estão, na prática, atuando como criminosos", destaca o delegado.
A falta de legislação para os crimes eletrônicos incentiva a formação de quadrilhas especializadas, até porque, observa o delegado, atualmente, para uma ação física - roubo de uma agência, por exemplo, há muitos riscos em jogo - perigo de ação policial, correntistas nas agências, entre outros, além do que são poucas as instituições que mantêm altos valores em caixa. Já por meio eletrônico, ressalta Mariano Filho, uma instituição financeir já perdeu num único dia, R$ 453 mil.
O advogado e especialista Renato Opice Blum forneceu dados com relação às ações criminais. No ano passado, por exemplo, tramitaram e foram julgadas 7000 ações na Justiça brasileira ligadas aos crimes eletrônicos. Até agora, em 2007, elas já estão em 15 mil. "E a tendência é aumentar cada vez mais. Exatamente por isso é preciso aprovar uma Legislação Específica. Aguardamos a aprovação do projeto do Senador Eduardo Azeredo. Ele fez as modificações necessárias para adequar às demandas. Não há como agradar a todos integralmente", salienta.
"Sem uma lei específica, é possível punir os criminosos por meios difereciados - um hacker já foi condenado a 22 anos - mas, é preciso sempre contar com a interpretação do Juiz e da ação do Ministério Público. Com uma legislação própria, esses crimes teriam também punições mais adequadas, permitindo um equilíbrio maior na avaliação e também impondo mais respeito e temor aos criminosos", completou Opice Blum, que também participou do evento promovido pela Symantec.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

AMD lança nova geração de chips para competir com Intel

A AMD apresentou nesta segunda-feira sua nova geração de microchips, apelidada de Barcelona, numa aguardada iniciativa da empresa para recuperar fatia de mercado em relação a sua rival de maior porte, a Intel .
Clientes da AMD como Dell, HP e Sun Microsystems já estão lançando computadores com os novos chips AMD Barcelona, e a fabricante de processadores já prevê os lucros vindos do novo processador.
A Intel recuperou mercado da rival nos últimos dois anos com o lançamento de novos produtos do projeto dual-core e quad-core, chips com dois e quatro núcleos de processamento, respectivamente.
"O que está em jogo aqui é a AMD parando de perder fatia de mercado e iniciando mais uma vez uma ofensiva contra a Intel", disse o analista da Insight 64, Nathan Brookwood. "Essa é a questão central."
A Intel lançou recentemente processadores de última geração para servidores, mas eram apenas versões mais rápidas, disse Brookwood, pontuando que os próprios chips da Intel — chamados de Nehala — com projeto similar aos processadores da AMD não devem chegar ao mercado em menos de um ano.
O novo chip da AMD é até 70 por cento mais rápido que seus antecessores e consomem a mesma quantidade de energia. Além disso, os novos processadores têm como objetivo o mercado de servidores, no qual a AMD teve vantagem sobre a Intel nos últimos anos.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

O Softwer é a Bola da Vez.

O software é a bola da vez
Em computação, esta é a área que mais cresce no mundo, os profissionais precisam se atualizar constantemente.

Quando é questionado se a revolução da tecnologia digital está desacelerando, Bill Gates, o dono da Microsoft, repete como em um mantra: “Pelo contrário, só agora ela está tomando corpo.” Ninguém imagina mais a vida sem e-mail ou telefone celular. A tecnologia virou ferramenta indispensável para as pessoas trabalharem, se comunicarem e até se divertirem. Por isso, é uma área em constante crescimento, que demanda profissionais especializados e atualizados – de preferência em velocidade além da que ela própria produz. “As pessoas já saem da faculdade desatualizadas. Tem empresa contratando recém-formado e dando treinamento”, diz Alexandra Reis, gerente de Consultoria da IDC – International Data Comporation, no Brasil.

A Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) envolve hardwares, softwares e serviços. Em Comunicação, estão os celulares, por exemplo. Em Informação, a área que mais cresce no mundo é a de software, que diz respeito aos programas. Estes podem ser produzidos para escala comercial (como word e windows) ou customizados, que são encomendados por empresas para suprir suas necessidades.

O Brasil encontra-se em uma encruzilhada. Um dos caminhos a seguir é formar programadores para competir com países como Índia na terceirização de mão-de-obra para o Primeiro Mundo. Porém, na Índia, este profissional ganha US$ 100 por mês enquanto no Brasil o salário é dez vezes maior. Mas é um mercado atraente, que até 2010 movimentará US$ 110 bilhões. A Índia deve ficar com US$ 60 bilhões do bolo.

Outro caminho é formar profissionais em todas as áreas na cadeia. Só assim será possível tentar produzir programas capazes de abastecer o mercado interno e sonharem competir no Exterior. Na opinião de Antônio Carlos Bordeaux-Rego, diretor de Novas Tecnologias do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), a segunda opção é a melhor. “Se tivermos profissionais capacitados em todas as áreas não vamos precisar passar a vida comprando bugiganga de gringos”, diz ele. “Mas essa trilha é mais complexa.”

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Corte Européia mantém condenação da Microsoft por prejudicar a concorrência de mercado

Empresa pagará em torno de 500 milhões de euros por não compartilhar informações e embutir produtos próprios no Windows



A gigante mundial de softwares Microsoft sofreu nesta segunda-feira uma derrota na luta para mostrar que seu modelo de negócios não prejudica a competição de mercado. A Corte de Primeira Instância da União Européia, nível mais alto de julgamento quanto ao assunto, no bloco continental, rejeitou o pedido de apelação da empresa americana contra uma decisão judicial de 2004, que na época condenou a companhia por competição desleal.
Com a manutenção da primeira sentença, a Microsoft será obrigada a pagar a multa recorde determinada há três anos, no valor de 497 milhões de euros, como informa a versão online do jornal britânico Financial Times.
A pena contra a empresa baseou-se em duas acusações oficializadas em 1998 pela Sun Mycrosistems, concorrente da Microsoft, no órgão antitruste europeu. Uma das irregularidades apontadas é que a companhia do empresário Bill Gates recusava-se a compartilhar com as rivais informações essenciais para a formação de redes de trabalho entre sistemas de marcas diferentes, de modo que nenhuma máquina que usasse um programa diferente dos da Microsoft conseguiria "conversar" com esses últimos.
Já o segundo ponto dizia respeito à instalação do Windows Media Player como parte do sistema Windows. De acordo com o órgão antitruste, a medida obrigava os outros tocadores de mídia a concorrer em desvantagem pela preferência dos consumidores.
Por isso, além de impor uma punição financeira de quase meio bilhão de euros, a Corte européia determinou que a empresa também retire o Windows Media Player do Windows e compartilhe com as concorrentes as informações necessárias para a comunicação em rede de trabalho.
A decisão põe fim a uma disputa de quase nove anos entre a Microsoft e as empresas do setor, além de permitir a abertura de uma brecha legal para que mais concorrentes tentem obter na Justiça o reconhecimento de que as práticas da gigante americana dificultam a guerra pelos clientes. "Exame"

O COMEÇO DO FIM

The Sims chega ao Wii: é o começo do fim
Second Life para crianças? Não, é o MySims, novo jogo do Wii
Com a premissa de fazer os jogos “acessíveis” para o maior número de pessoas, o Wii está deixando a experiência de jogar bem mais superficial, boba, voltando à visão de que videogames são coisas simples e divertidas. O mais novo exemplo disso é o MySims, mais recente jogo da série The Sims para o videogame da Nintendo. As resenhas foram pouco favoráveis até agora, os críticos dizem justamente que a experiência está muito mais cosmética. Os avatares não precisam de emprego, as relações pessoais são bem superficiais, basicamente você tem de decorar a casa, com um visual pobrinho, meio Lego.
The Sims, o original de 2000, foi um marco na indústria dos jogos, o game de PC mais vendido de todo os tempos (mais de 70 milhões de unidades pelo mundo, se contar todas as expansões). A parte “jogo” era bem básica e mecânica (coloque a pessoa pra dormir, comer, se divertir...), mas o legal era a parte de experimento sociopsicológico. Do tipo criar um avatar e vê-lo não obedecer uma ordem, mudar os objetivos de vida... Situações complexas aconteciam: seu filho poderia ficar irritado no quarto depois de uma briga, uma amizade mais florida poderia virar um relacionamento gay... Tinha algumas sacadas geniais: quando você chegava à velhice, a “expectativa de vida” era definida pelo tanto de objetivos que ainda tinha pela frente.
Apesar desses meus elogios, na verdade nunca tive muita paciência com o jogo, apesar de achar a proposta interessante. O público feminino curtiu a idéia (diz a fabricante do jogo que mais de 50% dos compradores eram mulheres) – teria alguma coisa a ver com o hábito de meninas brincarem de casinha? E voltando ao MySims, do Wii. Consegue ver a lógica? O jogo que trouxe “não-jogadores” aos PCs (The Sims) agora se junta ao videogame que tem trazido nãos jogadores aos joysticks, o Wii. O resultado? Um jogo bobinho, para todos. Menos eu, na verdade. Será que os veteranos dos videogames, que curtem experiências complexas, estão sendo deixados de lado pela indústria? Muita gente acha que sim.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Estudante constrói supercomputador duas vezes superior ao Deep Blue




Os computadores domésticos de hoje têm capacidade superior aos supercomputadores de uma década atrás. Mas o que fazer se você deseja, ou precisa, de um supercomputador hoje, e não pode esperar dez anos para resolver os seus cálculos? Este é o caso de inúmeros pesquisadores, em escolas e institutos de pesquisas sem os recursos necessários para adquirir um supercomputador comercial.
Construa seu próprio supercomputador
Tim Brom, um estudante da Universidade de Kentucky, nos Estados Unidos, auxiliado pelo seu professor Joel Adams, levou essa questão bem a sério e resolveu projetar e construir o seu próprio supercomputador.
A um custo de US$2.570,00, eles construíram o seu Microwulf, um supercomputador quase portátil, certamente o menor e mais barato supercomputador do mundo. Construído com peças disponíveis no comércio, o Microwulf alcança a marca de 26,25 gigaflops - 26,25 bilhões de operações de vírgula flutuante por segundo.
Isso torna o Microwulf mais de duas vezes superior ao famoso Deep Blue, o supercomputador da IBM que derrotou o campeão de xadrez Gary Kasparov, em 1997. O Deep Blue custava, sem considerar a inflação desde então, a bagatela de US$5 milhões.
"Tanto quanto sabemos, este é o primeiro supercomputador que tem essa baixa relação preço/desempenho - o primeiro a custar menos de US$100 por gigaflop," diz Adams.

Número de casas com computador dobra em 5 anos




O número de domicílios que têm computador cresceu entre 2001, quando era de 12,3%, e 2006 - passando para 22,4%. O Sudeste se destaca, com quase um terço (29,2%) dos domicílios possuindo um PC. Este percentual é três vezes superior ao registrado no Nordeste, onde apenas 9,7% dos lares têm um computador. Os índices praticamente dobraram no Norte urbano (6,7% para 12,4%), no Nordeste (de 5,2% para 9,7%), no Sul (de 13,9% para 27,9%) e no Centro-Oeste (de 10,6% para 20,4%).
As desigualdades regionais podem ser verificadas também nos números relativos ao acesso à Internet nas residências. No País, 16,9% dos domicílios com computador têm acesso à Internet. As regiões Sudeste (com 23,1%), Sul (com 20,8%) apresentaram percentual mais de três vezes superior ao registrado no Norte, onde 6% das casas têm acesso à Internet, e praticamente o triplo em relação ao Nordeste (que teve taxa de 6,9%). No Centro-Oeste, o índice ficou em 14,6%.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), relativos ao ano de 2006. O levantamento, realizado anualmente, entrevistou 410.241 pessoas, em 145.547 domicílios em todo o Brasil.