quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Condenada em caso de MP3 pede novo julgamento

A mulher que foi condenada a pagar US$ 222 mil por compartilhar músicas online pediu na segunda-feira uma reversão de sentença e um novo julgamento.
Os jurados chegaram à conclusão que Jamie Thomas violou direitos autorais ao compartilhar 24 músicas no Kazaa. A mulher foi processada por seis gravadoras.
Brian Toder, advogado de Jamie, disse não ter alegado na moção que sua cliente não tivesse violado direitos autorais. Mas ele disse que já que as músicas podem ser adquiridas por US$ 24 online, o veredito de US$ 222 mil é desproporcional. Jamie tem um salário de US$ 30 mil por ano e tem dois filhos.
Toder pediu um novo julgamento para determinar uma punição justa ou até mesmo achar o veredito de US$ 222 mil inconstitucional. A lei de direitos autorais americana permite multas de US$ 750 a US$ 150 mil por música e o júri concedeu US$ 9250 por canção. O argumento de Toder é que o prejuízo foi de menos de US$ 151,20.
Cerca de 26 mil ações similares foram feitas por empresas contra indivíduos. Todas foram coordenadas pela RIAA, que na segunda-feira divulgou um pronunciamento. "Procuramos resolver este caso de uma forma razoável. É uma pena que a acusada continua a tentar fugir da responsabilidade por suas ações. Continuaremos a defender nossos direitos", dizia o documento.

Microsoft planeja liderar comunicação integrada na América Latina

O presidente da Microsoft na América Latina, Hernán Rincón, acredita que o lançamento da oferta de comunicações unificadas do grupo será um sucesso e que se transformará na tecnologia de referência na região, disse nesta terça-feira, numa entrevista à Efe.
A Microsoft apresentou nesta terça-feira oficialmente, em San Francisco, seus serviços de comunicações unificadas. A oferta une em uma só interface serviços de telefonia pela Internet (VoIP), mensagem instantânea, e-mail, videoconferência e transmissão de dados.
"A tecnologia vai dominar a América Latina", disse Rincón. Ele acrescentou que o sistema da Microsoft permitirá "reduzir os custos pela metade", algo fundamental na região, onde "cada centavo conta".
"Quando pudermos demonstrar que há confiança e um impacto no rebaixamento dos custos de comunicação, vamos atrair o interesse dos executivos na América Latina", acrescentou Rincón.
A Microsoft está trabalhando com 35 clientes nos testes do sistema, explicou o diretor. A sua expectativa é de que nos próximos três anos muitos de seus 55 mil clientes na região adotem a sua tecnologia.
A empresa chega ao mercado atrasada em relação a concorrentes como Cisco Systems e IBM, além de provedores de telefonia pela Internet como Skype e Google Talk. No entanto, Rincón opina que a oferta da Microsoft é diferente porque "soma todos os serviços numa só interface".
Assim, por exemplo, um usuário do Microsoft Outlook poderá ver imediatamente se a pessoa com quem quer se comunicar está disponível e poderá decidir entre mandar um e-mail, conversar através da internet ou mandar uma mensagem instantânea, por exemplo. "Ninguém mais está oferecendo isto e não acho que alguém vai oferecer a curto prazo", disse Rincón.
Para o presidente da Microsoft América Latina a outra característica da oferta da companhia é sua segurança, "que é fundamental para as grandes empresas".
Ele opinou que a unificação das comunicações será "a principal mudança na comunicação mundial da próxima década". Na América Latina, espera-se que o mercado de VoIP movimente US$ 1,1 bilhão em 2011, 87,5% a mais que hoje.
O Brasil, "por seu tamanho e o número de empresas de ponta", é um dos mercados mais importantes na região, disse Rincón.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Todos contra o Office

Alternativas gratuitas e baseadas na web se multiplicam e ameaçam o produto mais lucrativo da Microsoft



A Microsoft vende o tocador de MP3 Zune e o videogame Xbox 360, produz software de gestão empresarial para pequenas e médias empresas, tem uma presença importante no mundo dos smartphones e já sedimentou sua presença no mercado de programas para servidores. Mas quem olhar com atenção para o balanço da empresa vai notar que boa parte dessas iniciativas é deficitária. O que tornou a Microsoft um dos melhores negócios de todos os tempos — e fez de Bill Gates por vários anos o homem mais rico do mundo — são dois nomes que fazem parte do dia-a-dia de quem usa computadores: o sistema Windows e o pacote de programas Office. O primeiro deles é um monopólio confortável: o sistema está presente em nove de cada dez computadores pessoais do mundo e tem uma barreira virtualmente intransponível para a concorrência, pois já vem pré-instalado de fábrica. Mas a situação do segundo é bastante diferente. O Office, como se sabe, é o pacote de programas de escritório que inclui o processador de texto Word, as planilhas eletrônicas Excel e o software de apresentações PowerPoint. Um consumidor que queira usar as funções básicas do programa tem duas opções. A primeira é comprar o Office no varejo, por algo em torno de 1 300 reais. A segunda é usar um concorrente — de graça, cortesia de algum dos maiores rivais da empresa, como Google, IBM e Yahoo!.
O mundo do software está atravessando uma mudança fundamental. O que antes era vendido numa caixa e instalado em cada computador agora funciona remotamente, na grande nuvem da internet. O Google lançou no início deste mês o terceiro componente de seu serviço Docs. Além de um processador de texto e de uma planilha eletrônica, o gigante da web agora oferece o Presently, programa para criação de apresentações que concorre diretamente com o ubíquo PowerPoint. Para acessar os três programas, basta um navegador e uma conexão com a rede. Todos são limitados e não dispõem dos recursos mais sofisticados que se encontram nas versões do Office. Por outro lado, a imensa maioria das pessoas não usa as funções mais avançadas desses programas. Outra vantagem é que os documentos ficam guardados na rede. Isso significa que eles podem ser acessados de qualquer computador, em qualquer lugar do mundo. E, não custa lembrar, tudo isso é grátis. Quem paga a conta são os anunciantes.