sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Com as mãos ou com a mente

As novas interfaces de controle vão mudar para sempre a interação com os computadores

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Por Françoise Terzian

exame

Bill Gates fez, há mais de 20 anos, a famosa previsão de que haveria um computador em cada mesa e em cada casa. Ainda não chegamos a esse dia, mas ao que tudo indica trata-se somente de uma questão de tempo: a adoção de computadores cresceu com uma velocidade formidável nas empresas e nas residências graças à explosão da internet. Os PCs sofreram uma transformação profunda nesse período: um computador típico comprado hoje numa loja de varejo é várias vezes mais rápido que as mais sofisticadas máquinas de duas décadas atrás. Um minúsculo cartão de memória, daqueles usados em câmeras fotográficas, armazena 32 gigabytes de informação, o equivalente a 20 filmes inteiros. A Lei de Moore, que rege a evolução dos microchips, continua dobrando o poder de processamento a cada 18 meses -- e, ao mesmo tempo, cortando os preços pela metade. A revolução digital, que nasceu nos países ricos, agora se espalha pelo mundo em desenvolvimento, na mais veloz disseminação de tecnologia vista pela hu manidade. Mas em toda essa incrível história de transformações existem dois itens que se mantiveram inalterados desde os primórdios da computação pessoal: o mouse e o teclado. Os sistemas de controle, ou interfaces, como se diz no jargão dos tecnólogos, permanecem imunes à passagem do tempo. Ou melhor, permaneciam: a próxima grande onda de inovações no mundo da computação não vai ser invisível, como a velocidade dos chips. Ela estará na ponta de seus dedos.
A necessidade de novas formas de interação entre máquinas e pessoas tem dois grandes impulsionadores. O primeiro, é claro, vem do mercado. Há mais de uma década, Nicholas Negroponte, fundador do Media Lab do Massachusetts Institu te of Technology, já dizia que qualquer tecnologia poderia ser desenvolvida desde que uma necessidade fosse criada e um modelo de negócios justificasse o retorno do investimento. Pois foi justamente o que fizeram Apple, com o iPhone, e Nintendo, com o videogame Wii. Os dois produtos têm menos de um ano de existência, mas já alcançaram o status de fenômenos culturais graças a seus sistemas de controle, mais simples e intuitivos do que os da concorrência. Agora, a tendência é que os consumidores passem a exigir controles orgânicos e naturais também de seus PCs. "A voz dos consumidores ficou mais forte com a queda dos preços e a popularização dos computadores", diz Edison Spina, professor-doutor do departamento de engenharia da computação e sistemas digitais da Escola Politécnica da USP.

Um comentário:

Anônimo disse...

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